O Giro nas Ruas de hoje é na rua Treze de Maio
Histórico
Ela já foi chamada de rua Direita e Rua Dos Alemães, mas hoje se chama 13 de Maio. O nome faz referência à data em que a princesa Isabel assinou a Lei Áurea em 1888, concedendo liberdade aos escravizados no Brasil. No século XIX, a rua abrigava a casa do vereador Major Floriano Berlintes de Castro. Nessa época, o centro de Curitiba era bastante rural, mas isso mudou com a chegada do Passeio Público, em 1886, que valorizou a região aliado à grande produção e exportação de erva-mate. Hoje a rua abriga vários teatros, como o Barracão EnCena, Lala Schneider e o teatro José Maria Santos, que no final do século XIX era uma fábrica de malhas e confecções e depois se tornou a Malharia Curitibana, a Fábrica do Samba e, finalmente, o teatro 13 de maio — que mais tarde iria se tornar o Zé Maria. Desde a inauguração, o teatro passou por dificuldades, chegando ao ponto de os proprietários venderem o local e os compradores despejarem os ocupantes. Nesse momento iniciou-se o processo de demolição do espaço, que não foi para frente graças à classe artística e políticos do Paraná. Em 2016, no próprio teatro, houve uma homenagem aos artistas que defenderam a permanência do auditório.
Acompanhe na Reportagem do estudante de Jornalismo, Luiz Felipe Cunha, da Universidade Positivo
Reportagem – A rua
Localizada no centro histórico de Curitiba, a rua Treze de Maio é palco de grandes teatros da cidade, como o Lala Schneider e o Barracão EnCena. Apesar do asfalto e dos comércios da região, atualmente ainda é possível notar marcas da época colonial, principalmente na arquitetura de algumas casas. Uma delas é o Templo Hare Krishna, no cruzamento com a Rua Duque de Caxias, que abriga praticantes de uma cultura milenar da Índia antiga. Ali vivem entre oito e dez pessoas que se revezam em atividades diárias. O administrador do local, KRISHNA CAITANYA fala um pouco sobre o cotidiano do templo.
Com um estilo de vida baseado em alimentação natural, muita meditação e estudo, o centro da cidade, barulhento e caótico, pode não parecer adequado para a prática do Hare Krishna, mas a grande circulação de pessoas vai ao encontro dos ideais do movimento.
Apesar da antiguidade da filosofia Hare Krishna, o movimento tem apenas cinquenta anos no Brasil. Em Curitiba, atualmente, existe só o Templo na Rua Treze de Maio. O administrador Krishna Caitanya acredita que em média duzentas pessoas sejam simpatizantes ativas na capital. Entre as várias atividades desenvolvidas pelos residentes, está a distribuição diária de almoço gratuito para a população.
Para se inteirar mais sobre a filosofia dos Hare Krishna, os interessados podem participar dos eventos que acontecem de segunda a sexta-feira, a partir das 19 horas. Nesses dias, o templo de Curitiba oferece palestras filosóficas, cantorias e jantar vegetariano.
O quadro Giro nas Ruas é feito em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Você ouviu na reportagem Luiz Felipe Cunha.